domingo, 29 de abril de 2012

Debaixo


Na sombra de um pomar, ela descansa
Só ela, devaneio e lembrança
De quando não passava de criança
E seu pomar, na palma da mão
Cabia.



"Primaveras silenciosas chegam sem serem notadas
Anotadas em calendários de padaria
Pediria a ela para que não se incomodasse
Como se não bastasse, após os meses coloridos
Gotas de amor despencando de núvens chorosas.

Batam palmas para a estrela vinda do extremo leste!
Usufruam de seu calor... por alguns instantes
Cantem suas músicas ao redor de uma árvore...

Mas não se esqueçam dela.

Ela é o que te mantém acordado, o que te faz dançar e desistir de tudo!

[...]Não há, então, sombra alguma que se goze
Ao menos por enquanto.

...

Talvez seja de se admirar como época demasiada fria possa aquecer
                              [ qualquer palavra dita, qualquer culpa, 
                                qualquer consciência pesada.

Talvez sejamos nós os invernos, outonos, verões
Talvez sejamos nós o ar, o tempo e espaço
Talvez alguém possa, um dia (pudera eu), descobrir para onde saber e de 
     [onde pensamos."




Na sombra de um pomar, adormeceu.

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