domingo, 20 de novembro de 2011

Cidade Vermelha

Cidade Vermelha
De sangue, tinta, vinho tinto e tantos outros tins.
De fins, afins, Serafins. Será fim de semana?
Que dia é hoje? Ontem?
Será mesmo vermelho?

Deve ser negro. Não vejo mais nada.
Não vejo sentimento. Não vejo a palma da minha mão.
Nem a correria vejo mais.
Será que todos se esconderam de mim?
A neblina densa me mata devagar.

Vagando por entre ruas e vielas
Ela eu vi, e somente a ela enxerguei
Acenei, gritei até perder a voz. A voz também me deixou.
Cego e mudo. A vida já está indo embora.

A quem sou grato?
A quem devo agradecer por não me deixar?
Talvez aos meus sapatos furados, ou meus cabelos brancos?

Não... Tenho a quem agradecer.

À Cidade Vermelha.

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