quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Veio

Vem de longe procurando a vida
E de perto vê que nada disso existe - pelo menos para ele.
Fica e acostuma com o meio termo.

Sai antes do sol e e volta depois da lua nascida
E vem de mãos abanando. Pobre coitado. Diz-se triste - e fica na dele.
Deita e se imagina vivendo.

Busca alguma ideia. A última foi arrependida
E a primeira se deu em seu primeiro dia. A mãe disse "Assiste!" - acreditava nele?
Cresce cavando sua própria cova.

Veio de longe. Achou comida.
Mas lá também tinha. A pouca que ainda insiste - banquete num buraco daquele.
Repousa adubando esperança.

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