Choro pelos ferimentos abertos em minha alma, consequência de meu martírio.
Amarro com os nós dos meus dedos, a parede. Pinto-a de vermelho sangue. Faço e desfaço-me num piscar de olhos. A intolerância já não me cabe mais. Espalha-se a raiva pelos altos, baixos e meios do ambiente. Ouve-se o eco de longe. Todas as partes de meu corpo e alma gritam, em uníssono, o som gutural do sofrimento.
Desesperado, corro em volta de mim mesmo. Tento me pegar. Falho.
Se saio de mim, não me encontro com facilidade. O caminho de volta é um labirinto de espinhos.
Entre viagens e devaneios lúdicos, acabo me perdendo do raciocínio. Racionalizar-me já não é mais necessário.
Enfim, durmo. Ferido. Por fora. Por dentro.
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