Pois é.

Sua vida é um vazio. Nada te satisfaz, nada te preenche, nada te deixa feliz. Nada que você tem é considerado bom, ou ruim. É tudo lixo. É tudo um buraco negro de falsos prazeres. Você se levanta da cama, e a primeira coisa que faz é ver se seu cabelo está bonito. A banalidade já se torna não-banal. Se você é fútil, você está na moda, você é popular. Popularidade e cultura não andam lado a lado, você já percebeu isso? ... Acho que não.

Você não está bonito. Você não está feio. Você não sabe o que está. Uns te falam que você emagreceu, outros, que você engordou. Você já não sabe de mais nada. Informação de mais queima os seus neurônios. Você é um robô desmemoriado. Sua rotina já se tornou tão normal quanto respirar ou comer. Você se diz inteligente, sem ao menos saber quem é de verdade, ou o que seus pais fizeram quando crianças. Você não teve infância, e não terá uma adolescência, nem uma velhice digna de respeito. O desprezo por você estará em evidência. Mas você nem irá se importar... estará acostumado, como sempre.

Os seus vícios irão te consumir pouco a pouco. Acender um cigarro, beber uma dose de conhaque.

"De grão em grão, a galinha enche o papo". De tragada em tragada, o câncer entra em você. E não adianta pedir por clemência, por perdão a Deus. Ele não irá te ouvir... tapou os ouvidos para a sua discrepância. Reclame agora dos seus hábitos 'cults'.

Hoje você se olha no espelho, e se acha legal. Amanhã você olha o mesmo, e deseja se matar. Seu futuro irá te mastigar, te engolir. As perguntas não sairão da sua cabeça. Nunca sairam. Perguntas que nunca serão respondidas, pelo menos para você. Talvez seja pelo simples fato de que as perguntas que você faz, não sejam totalmente apropriadas. Suas questões são tolas, são trágicas, são dignas de pena. E se você tenta responder suas perguntas por si só, acaba se confundindo... ou acaba percebendo o quão ridículo está sendo sua vidinha.

Viva direito.