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Lembro de quando a gente brincava de desenhar. Meus desenhos eram horríveis, mas, aos seus olhares, eram exímias obras de arte. Lembro quando jogávamos futebol no vídeo-game. Ficava irritado quando perdia, eu nunca gostei de perder. Às vezes acho que muitas das vezes você me deixava ganhar.

Lembro também de ter me carregado no colo, de contar até três e pular em seus braços, sem medo de cair. Você nunca me deixou cair, sempre me segurou. E sempre vai me segurar...

Sempre acolhedora, me deu conselhos dos quais nunca me esqueço. Me deu carinho quando eu precisava, e puxões de orelha quando era necessário.

Mulher batalhadora, lutadora do dia-a-dia, que nunca abaixou a cabeça pra ninguém. Que nunca precisou pedir dinheiro a ninguém. Sempre conseguiu o seu pão de cada dia.

Às vezes a imagino como uma santa, ou um anjo. A minha proteção diária, que me faz enxergar o que não se enxerga. O meu sol, a minha luz, que me ilumina em qualquer escuridão.

Quando criança me deu alimento, carinho, beijos e abraços. Me deu afeto sem se dar conta do quanto isso foi importante para mim.

Você já foi filha, sabe o que eu sinto. Hoje é mãe e avó, e sabe o que eu irei sentir, sendo pai e avô.

Sabe que tem todo o meu amor, e todo o meu respeito.

Onde eu for, e seja como eu estiver, ou com quem, saiba que eu estarei pensando em você, mãe.