terça-feira, 21 de agosto de 2012

O Desconhecido

Dum traço imperfeito se dedica a mais bela das criaturas
Vívidas e vividas de manhãs atordoadas, com sólida certeza de não compreender
O quão imaginável cogita-se a suposição de um coração aberto em rachaduras,
Por assim dizer, e por assim se deliciar com o aroma que se exala do último intervalo da sobra
De um suspiro apaixonado.

Aos e pelos caminhantes de pés tortos, o luxo é contido e subtraído a linha reta e apenas só,
Evitando a todo custo um deslocamento dorsal em um sentido indeterminado pelos próprios pés
E por assim dizer, o sofrimento repugnante e doloroso de mergulhar em cegueiras de um nó
dividido em pouquíssimos instantes - insignificantes se quantificados - por uma continuidade oca
E debilmente perto de um insosso final.

Entre esperas e incertezas certas, teorias vindas dos mais belos contos de fadas, decaem-se
Ao extremo depressivo, que ao saber ser possível tal experiência, cai de um cavalo a relinchar.
Expedições em seu âmago, acidentalmente abertas a sua deslumbrante alma distorcida
Por nunca ter se esvaído qualquer que seja a partícula de um sentimento tendente a inchar

E por assim dizer, sequer ousou ter...

2 comentários:

  1. Porra! Essa é a palavra... Tu escreve muito bem... Espero um dia eu, escrever nesse nível. haha

    um beijo!

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  2. Cara, muito obrigado!
    Fico muito feliz em saber que passo essa sensação aos poucos leitores que consigo captar. Muito obrigado, mesmo!

    Abraço!

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