Ponho a cabeça no travesseiro.
Ponho meus sonhos num papel.
Meus sonhos, todos eles rabiscados, coloco em em uma estante e esqueço.
Mais tarde, lembro-me de que nem sempre fui desse tamanho.
Ponho minhas medidas num papel.
Minhas medidas, não tão crescentes, coloco em uma estante e esqueço.
De súbito, me apaixono e me embaraço!
Ponho meus embaraços num papel.
Meu primeiro beijo, meio a meio sem jeito, coloco em uma estante... e por aí vai.
Quão irônico pode ser, um instante resquício de vida, numa estante?
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